Mudança de liderança abala setores automóvel e de luxo na Europa

O mundo empresarial europeu foi surpreendido esta segunda-feira, 16 de junho de 2025, com a saída de Luca de Meo do cargo de CEO da Renault, uma das maiores fabricantes automóveis do continente, para assumir a liderança do grupo de luxo Kering, proprietário de marcas como Gucci, Yves Saint Laurent e Balenciaga. A notícia provocou oscilações imediatas nas bolsas: as ações da Kering subiram mais de 8%, enquanto as da Renault caíram mais de 6%.
Impacto nos setores automóvel e de luxo
A troca de liderança representa uma reviravolta significativa para ambos os setores. Luca de Meo, conhecido por revitalizar marcas e implementar estratégias inovadoras, deixa a Renault num momento de desafios para a indústria automóvel europeia, marcada pela transição para veículos elétricos, tensões comerciais globais e margens de lucro cada vez mais apertadas. A Renault terá agora de procurar um novo CEO capaz de dar continuidade à transformação digital e ecológica da empresa.
Por outro lado, a chegada de de Meo à Kering é vista como uma aposta para reposicionar o grupo no topo do mercado global de luxo, num contexto de concorrência feroz com gigantes como LVMH e Richemont. O setor do luxo procura adaptar-se a novas tendências de consumo, com foco em sustentabilidade, inovação digital e expansão nos mercados asiáticos.
Perspetivas para o futuro
Analistas consideram que esta mudança poderá acelerar a transformação interna em ambas as empresas. Para a Renault, o desafio será manter a competitividade num setor em rápida mutação. Para a Kering, a expectativa é que de Meo traga uma visão estratégica capaz de impulsionar crescimento e inovação, especialmente em marcas que enfrentam desafios de rejuvenescimento e diferenciação.
Esta movimentação demonstra como a liderança executiva continua a ser um fator determinante para o sucesso e a resiliência das grandes empresas europeias num cenário económico global volátil.

Por Alice
Cientista de Dados