Escalada dramática do conflito Israel-Irão provoca evacuações em massa

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Evacuações em massa e alertas internacionais para o risco de uma guerra regional
Evacuações em massa e alertas internacionais para o risco de uma guerra regional

O conflito entre Israel e Irão atingiu um novo patamar de gravidade nesta terça-feira, 17 de junho de 2025, com ataques aéreos de grande escala, evacuações em massa e alertas internacionais para o risco de uma guerra regional de proporções inéditas. O cenário de violência intensificada já provocou dezenas de mortos e feridos em ambos os países, além de impactos diretos na diplomacia e na segurança global.

Ataques aéreos e evacuações em Teerão

Na madrugada de terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um alerta sem precedentes, apelando para que “todos evacuem imediatamente Teerão”, antecipando a possibilidade de uma ofensiva israelita de grandes dimensões sobre a capital iraniana. Israel, por sua vez, lançou ataques aéreos contra infraestruturas estratégicas, incluindo a emissora estatal iraniana, que foi atingida durante uma transmissão em direto, obrigando jornalistas e apresentadores a abandonarem o estúdio sob nuvens de fumo e destroços.

Antes do ataque, as autoridades israelitas tinham emitido ordens de evacuação para cerca de 330 mil pessoas em zonas centrais de Teerão, abrangendo a sede da televisão estatal, quartéis da polícia e três grandes hospitais. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, assumiu a autoria do ataque, classificando-o como uma resposta à “propaganda e incitamento do regime iraniano”.

Contexto e motivações do conflito

O conflito escalou após Israel lançar uma série de ataques surpresa a múltiplos alvos no Irão, incluindo instalações nucleares e militares, numa operação que eliminou vários altos responsáveis iranianos, como o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mohammed Bagheri, e o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami. Israel justificou a ofensiva como uma ação de autodefesa preventiva, alegando que o programa nuclear iraniano estava perto de atingir capacidade armamentista e representava uma ameaça existencial.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques “atrasaram o programa nuclear do Irão em anos” e sublinhou a coordenação diária com o presidente Trump.

Retaliações e risco de guerra regional

Em resposta, o Irão intensificou os seus próprios ataques com mísseis e drones sobre território israelita, resultando em mais vítimas civis e militares. O governo iraniano declarou que as ações israelitas representam um golpe devastador para a diplomacia e ameaçou novas retaliações, incluindo ataques a bases militares dos EUA e de Israel em toda a região do Médio Oriente.

Os Estados Unidos anunciaram o envio de reforços militares para o Médio Oriente, sublinhando a prioridade de proteger as suas forças e interesses na região.

Reações internacionais e impacto global

O agravamento do conflito dominou a agenda da cimeira do G7, que decorre no Canadá, com líderes mundiais a apelarem à contenção e ao fim imediato das hostilidades. O presidente Trump abandonou a cimeira antes do previsto, alegando a necessidade de lidar com a crise, enquanto países europeus e asiáticos reforçaram alertas de segurança e prepararam planos de evacuação para cidadãos nas zonas de risco.

A escalada militar já tem efeitos económicos, incluindo a subida dos preços do petróleo e quedas nas bolsas internacionais, refletindo o receio de uma perturbação prolongada na região.

Conflito gera preocupação internacional

Especialistas alertam que o conflito poderá evoluir para uma guerra aberta, envolvendo outros atores regionais como o Hezbollah e milícias apoiadas pelo Irão na Síria e no Iraque. A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar dos acontecimentos, conscientes de que as próximas horas e dias serão decisivas para evitar uma catástrofe humanitária e geopolítica de larga escala.

Alice

Por Alice

Cientista de Dados